Saúde – 12 benefícios imediatos ao abandonar tabagismo

Reportagem: Tiago Freitas

A cada ano, o tabaco mata oito milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde. E para não contribuir com este triste índice, muitas pessoas buscam alternativas para abandonar o vício, um grande desafio frente ao estresse da abstinência, o apelo social e outros fatores.

 

Médico pneumologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), Ronaldo Macedo elenca doze motivos benéficos para estimular a deixar o vício:

 

1 – Vinte minutos após parar de fumar, a frequência cardíaca cai; ou seja, a pressão arterial e a frequência do pulso voltam ao normal;

2 – Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;

3 – Depois de oito horas, os níveis de monóxido de carbono, presentes no sangue, atingem os valores normais e o nível de oxigênio aumenta;

4 – Em 24 horas, os pulmões passam a funcionar melhor e os brônquios já começam a limpar os resíduos deixados pelo tabaco;

5 – Após 48 horas, o olfato já pode sentir melhor os cheiros e o paladar degustar melhor os alimentos;

6 – Entre duas e 12 semanas a pele fica menos oleosa, melhora a circulação sanguínea e a capacidade pulmonar pode aumentar em até 30%;

7 – Entre um e nove meses, a tosse, a falta de ar e a respiração ofegante diminuem;

8 – Depois de um ano, o risco de doenças cardíacas, como o infarto, cai pela metade;

9 – Em cinco anos, os riscos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto do miocárdio e morte por ataque cardíaco se aproximam ao de uma pessoa que nunca fumou;

10 – Dez anos depois, o risco de sofrer um infarto é semelhante ao de uma pessoa que nunca fumou;

11 – Entre 10 e 15 anos, a expectativa de vida se iguala a de um não fumante;

12 – Após 15 anos, o risco de desenvolver câncer de pulmão se iguala ao dos não fumantes.

 

Quero parar, o que faço?

Segundo o especialista, o primeiro passo é definir como se deseja passar por este processo: parada imediata, quando se determina uma data e a partir dela não fuma mais nenhum cigarro; ou parada gradual, na qual se estipula a quantidade de cigarros consumidas no dia e diminui dia a dia, até zerar. “Cada pessoa irá definir como se sente melhor com relação ao abandono do vício e o importante é que se tenha apoio da família e dos amigos”, destaca.

O caminho requer determinação e coragem para enfrentar momentos críticos que fazem parte do processo. “Haverá a síndrome de abstinência, que inclui a fissura (vontade intensa de fumar), dor de cabeça, irritabilidade, tonteira, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros sintomas que podem variar de pessoa para pessoa. Também é possível que não se tenha nenhum sintoma. Em média, quando se manifestam, os sintomas duram de uma a duas semanas”, diz o médico.

Outro ponto importante é não ter medo de recaídas. “A recaída pode ocorrer, mas não deve ser encarada como um fracasso. Se acontecer, recomece, preste atenção ao motivo que o levou a voltar a fumar e corrija a rota. De modo geral, o fumante tenta abandonar o vício cerca de três ou quatro vezes até conseguir definitivamente. O que importa é se dar várias chances”, recomenda.

 

Atenção às armadilhas:

O cigarro não deve ser uma válvula de escape para os momentos de estresse. Situações difíceis fazem parte da vida e fumar não resolve o problema. “Nessas situações, o essencial é se acalmar e analisar a situação de modo prático, agindo na solução”, sugere o médico.

Caso surja uma vontade repentina de fumar, tenha consciência de que ela não dura mais que alguns minutos. “Para driblar esses momentos, escove os dentes, chupe um gelo, beba água gelada, coma uma fruta ou chupe uma bala. Também sugiro manter as mãos ocupadas rabiscando um papel, manuseando um elástico ou qualquer outra coisa que possa tirar o foco da vontade de voltar ao vício. Não fique parado, mude o foco e distraia sua atenção”, diz.

Como auxiliar neste processo, os exercícios físicos podem contribuir muito. Atividades voltadas ao relaxamento, meditação, yoga e outros que promovam o autocontrole são grandes aliados.

Em caso da necessidade de medicação, a prescrição deve vir por um médico que acompanha todo o processo, dando suporte, avaliando o tipo de remédio adequado e respectivas quantidades. A automedicação não é recomendada em qualquer caso.

Fonte: WGO Comunicação

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