Rinite comum no outono, pode ser alérgica ou infecciosa

Reportagem: Rafaela

Imagem de Mojca-Peter por Pixabay

Obstrução nasal, coriza, espirros seguidos, dificuldade em sentir cheiros e coceira no nariz, garganta, olhos e céu da boca. Assim que o outono chega e as temperaturas caem, é “batata”: a rinite, doença caracterizada pela inflamação das mucosas nasais, dá as caras. Ainda que o tipo alérgico, que acomete de 30% a 40% da população mundial, segundo estimativas da Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês), seja o mais conhecido, a enfermidade também pode ser infecciosa, causada por vírus e bactérias.

Os gatilhos mais conhecidos da rinite são pelos de animais, perfumes, ácaros presentes na poeira doméstica, fungos, determinados alimentos e mudanças bruscas de temperatura talvez a causa mais conhecida.

“O clima mais frio exige que o corpo se aqueça e, muitas vezes, as pessoas não se agasalham corretamente, fazendo com que o corpo resfrie e as defesas diminuam. Há, também, a questão da aglomeração, de ficarmos em ambientes fechados com pouca circulação de ar, como ônibus e salas de aula. Esse é um foco de transmissão de vírus e bactérias”, pontua o otorrinolaringologista Sergio Maniglia, que atua no Hospital IPO, referência em ouvido, nariz e garganta.

O médico explica que todos são suscetíveis a contrair doenças características de outono-inverno, mas pessoas com enfermidades prévias do trato respiratório, como asma e bronquite, precisam tomar um cuidado maior. No caso de quem tem rinite alérgica, é necessário estar, na medida do possível, com a doença sempre controlada, para que o nariz fique menos sensível, evitando que o quadro se agrave nos períodos mais frios.

Hábitos como manter a casa bem ventilada, ensolarada e limpa, com trocas frequentes de roupas de cama, além de evitar perfumes e produtos de limpeza com cheiros fortes, não fumar, lavar o nariz com soro fisiológico e praticar atividades físicas, ajudam a evitar crises de rinite alérgica. Já para não contrair doenças infecciosas, deve-se evitar lugares fechados com aglomeração e controlar doenças prévias, como a própria rinite alérgica.

“Aqueles cuidados básicos, clássicos dos ‘conselhos de avó’, também auxiliam, como não dormir de cabelo molhado e se agasalhar. Se você já estiver doente e precisar sair de casa, use máscara para não transmitir para outras pessoas”, acrescenta o especialista do Hospital IPO.

Tratamentos incluem repouso, remédios para aliviar sintomas como dor e febre e reduzir a inflamação nasal e muita hidratação, que contribui para a recuperação do corpo. Reforçando, é claro, que se consultar com um médico para uma avaliação mais detalhada é fundamental.

Vacina para rinite – Para os pacientes que têm rinite alérgica, outra opção de tratamento é a vacina. Trata-se, porém, de uma ferramenta terapêutica, ou seja, ela não cura a doença. A vacina é sublingual, indicada para ser aplicada três vezes por semana, dependendo do paciente. É um tratamento de três anos. Após o seu fim, é possível ter resposta positiva por até sete anos.

Os pacientes que têm interesse no tratamento precisam procurar um otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto.

Fonte: V3 Comunicação

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