Entenda como o estresse pode desencadear doenças de pele

Reportagem: Anna

No último dia 6, é celebrado o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida tem como objetivo conscientizar a população em questões que contribuam para uma melhora do bem-estar. Diante desse cenário, a dermatologista Dra. Natássia Pizani, que é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, reforça a importância do controle do estresse a fim de evitar determinadas doenças de pele.

“As alterações provocadas por situações de estresse podem surgir devido a perda de entes queridos e separações ou até mesmo crises econômicas, guerras etc. Condições que desencadeiam um processo inflamatório com liberação de citocinas específicas responsáveis pelo aparecimento das chamadas doenças autoimunes. Entre algumas das principais estão a psoríase (descamação da pele) e a alopecia areata (perda de cabelo)”, diz a especialista.

Pizani comenta que, geralmente, os pacientes que desenvolvem essas doenças possuem predisposição genética e alerta que a presença de um problema autoimune também indica predisposição para o aparecimento de outras enfermidades similares. “Além de conflitos e determinados acontecimentos que colaboram para que essas patologias se manifestem, algumas medicações e quadros infecciosos também podem gerar as condições dermatológicas.”

No que diz respeito à psoríase, Dra. Natássia explica se tratar de uma doença crônica, não contagiosa e caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. O problema pode atingir homens e mulheres, em qualquer idade.

Já a alopecia areata se apresenta pela queda de fios, que pode ocorrer em falhas circulares ou em perdas mais significativas de cabelo. Há ainda casos raros onde o paciente perde todo o cabelo da cabeça ou mesmo de alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo. “Também não se trata de uma doença contagiosa. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem ainda desencadear ou agravar o problema”, diz a dermatologista.

 

Tratamentos

​Ambas as doenças são de evolução crônica e não possuem formas de prevenção, porém, é possível controlar sua reincidência. Com a psoríase, o tratamento busca principalmente reduzir o número e a gravidade das lesões, com opções de medicamentos tópicos (para passar no corpo) ou sistêmicos (de ingestão).

​Na alopecia, o uso de tópicos de medicamentos específicos, pode ser associado a tratamentos mais agressivos a fim de controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam.

​Dra. Natássia comenta que, embora a maioria dos casos não seja clinicamente grave, eles podem afetar o estado emocional dos pacientes devido às alterações de aparência. “Assim, se informar sobre as doenças e buscar apoio em grupos que passem pela mesma situação ou junto a terapeutas, são algumas formas eficientes de compreender a evolução do quadro e reduzir consideravelmente a ansiedade.”

​Segundo a especialista, diminuir o estresse é essencial para impedir crises agudas de queda ou pioras da descamação da pele. Entre as principais formas de evitar o problema estão: a prática regular de exercícios físicos; uma alimentação adequada; boas noites de sono; evitar o consumo de álcool; não fumar; e encontrar atividades que auxiliem a manter a calma, como hobbies ou mesmo a meditação.

​Lembrando que todos os tratamentos e medicamentos devem ser feitos sob a rigorosa e individualizada avaliação e orientação médica de um dermatologista. A automedicação pode causar efeitos imprevisíveis e piorar a situação da doença.

Fonte: Comunicação Sem Limites

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