Outubro Rosa – Médica alerta que cerca de 30% dos câncer de mama poderiam ter sido evitados com exames de rotina

Reportagem: Lilian Lopes

Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, Outubro Rosa traz mais visibilidade à doença que mais acomete mulheres em todo o mundo, constituindo a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.

Só no Brasil é o segundo tipo mais incidente na população feminina. Toda mulher com câncer de mama tem o direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas além de todo o suporte social, espiritual e psicológico para o enfrentamento da doença e o resgate da autoestima.

Segundo Flávia do Vale, Ginecologista Obstetra e coordenadora da Maternidade do Hospital Icaraí, o diagnóstico precoce consegue identificar o tumor ainda em sua fase inicial, o que aumenta as possibilidades de um tratamento mais eficaz.

“Diversos estudos mostram que por meio da realização de exames preventivos é possível diagnosticar precocemente o câncer de mama, levando a um tratamento mais assertivo e aumentando as chances de cura. Realizar visitas periódicas ao médico e fazer um check-up anualmente, garante às mulheres mais plenitude e qualidade de vida”, explica a médica.

Dessa forma, cerca de 30% dos cânceres de mama poderiam ter sido evitados com exames de rotina, como por exemplo, a mamografia de rastreamento, exame que deve ser feito em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama e é recomendado para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.

Além dos exames preventivos, hábitos de vida saudáveis como alimentação rica em legumes e verduras, atividade física regular, evitar o tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas e controle do peso corporal ajudam a reduzir o número de casos e consequentemente a mortalidade.

A Dra. Flávia alerta que mulheres mais jovens também precisam estar atentas e é muito importante que elas percebam qualquer sinal diferente nas mamas como:

• Presença de caroços fixos e indolores, o que está presente em 90% dos casos;
• Alterações no mamilo;
• Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
• Presença de líquido anormal dos mamilos.

Logo, o rastreamento mamográfico anual é recomendado para as mulheres entre 40 e 74 anos. As mulheres de alto risco com base na história familiar e exame genético, devem ser submetidas a rastreamento anual de câncer de mama com mamografia começando a partir dos 30 anos.

Mulheres que fizeram plástica também precisam se cuidar.

O número de mulheres jovens que colocaram silicone nos seios praticamente dobrou em oito anos. Segundo cirurgiões plásticos essa demanda continua a crescer. Uma constatação facilmente comprovada nas ruas, escolas e academias de ginástica.

“Não há evidências de que os implantes mamários aumentem o risco de desenvolver câncer de mama. Porém, as próteses mamárias, podem obscurecer as imagens da mamografia, diminuindo a capacidade das mamografias de detectar o câncer de mama”, explica Dr. Flávia.

Os médicos também podem recomendar outros exames adicionais para completar o rastreio de câncer de mama nessas pacientes como a mamografia tridimensional (também chamada de tomossíntese) ou a ressonância magnética das mamas.

 

fonte: medco.med.br

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