Orquestra Ouro Preto comemora 25 anos de trajetória com temporada inesquecível

Reportagem: Fábio Gomides

Em 2025, a Orquestra Ouro Preto alcança um marco significativo em sua trajetória. Mais do que uma simples data, os 25 anos representam uma jornada de paixão, ousadia e excelência musical. Ao longo dessas décadas, o grupo mineiro se tornou referência nacional e internacional, quebrando barreiras e transformando o cenário musical brasileiro ao unir a tradição da música de concerto com novas e surpreendentes abordagens artísticas.

Com a temporada comemorativa, que já começou com uma turnê memorável por seis países da Europa, a Orquestra Ouro Preto promete mais um ano de inovações. A programação especial revisita seus maiores feitos e propõe novas parcerias e colaborações, reafirmando sua identidade singular e seu papel de vanguarda da música nacional.
De concertos que resgatam momentos históricos, passando por projetos que exaltam compositores e exploram novas sonoridades, cada apresentação será uma jornada musical que reflete o legado de uma trajetória construída com coragem e sensibilidade.

“Esses 25 anos foram de desafios e surpresas constantes. Nunca nos acomodamos. Desde o início, com um grupo formado por irmãos e amigos, não imaginávamos que chegaríamos tão longe, mas sempre acreditamos na força da música e no poder dos grandes encontros”, celebra o Maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra.
Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto iniciou sua trajetória no interior de Minas Gerais e, com o passar dos anos, tornou-se um dos grupos mais inovadores e consistentes do Brasil. Seu compromisso com a valorização da música brasileira e com a democratização do acesso à arte é um dos pilares que sustenta sua trajetória, consolidando-se como uma grande incentivadora de novos repertórios nacionais.

“Os princípios que nós mantemos até hoje, acredito que expliquem um pouco o sucesso da nossa trajetória. O primeiro foi o acesso à democratização. Onde funciona a sede da orquestra hoje, em Ouro Preto, a gente apresentava praticamente todos os domingos concertos gratuitos ali. Sempre fomos também muito abertos a trocas de experiências e sugestões de repertórios. Como orquestra, a gente queria que as pessoas se sentissem representadas”, comenta Toffolo.

Além de seu reconhecimento em palcos internacionais, a Orquestra conquistou milhões de fãs ao redor do mundo, com uma presença marcante nas redes sociais e plataformas digitais. Atualmente, é a orquestra mais ouvida da América Latina, com mais de 240 mil seguidores no Instagram, mais de 100 mil ouvintes mensais no Spotify e milhares de acessos no YouTube.

Programação comemorativa

A temporada 2025 já começou em grande estilo, com uma turnê europeia ao lado de Alceu Valença, que teve ingressos esgotados em teatros de Paris, Londres, Berlim, Utrecht, Barcelona, Porto e Lisboa.

No dia 21 de março, a Orquestra lançou seu 23º álbum, Orquestra Ouro Preto: Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari, reunindo interpretações de grandes compositores brasileiros e internacionais.
A icônica Bachiana Brasileira nº 9, de Villa-Lobos, ganha a interpretação da Orquestra, mantendo a sofisticação e a identidade da obra original. De Piazzolla, o álbum traz Suíte del Ángel, com arranjos inéditos de José Carli, parceiro do compositor e testemunha de um dos períodos mais importantes da música latino-americana.

Fechando o disco, Canções para as Estações, de Mehmari, é uma criação inédita inspirada nos sonetos atribuídos a Vivaldi em As Quatro Estações, trazendo uma abordagem inovadora e emocionante com a voz luxuosa da soprano Marília Vargas.

O álbum já disponível nas plataformas digitais

Apoio fundamental para o sucesso

Toda essa programação só será possível graças ao apoio de empresas que acreditam na importância da cultura para o desenvolvimento social e artístico do país. O Instituto Cultural Vale, a SulAmérica, a AngloGold Ashanti, a Kinross Paracatu e a Aliança Energia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, desempenham um papel crucial no financiamento da temporada. Essas parcerias são fundamentais para garantir a democratização do acesso à cultura, permitindo que a música de concerto chegue a públicos cada vez mais diversos e distantes.

Fonte: A Dupla Informação

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