Reportagem: Kath Pereira
A retenção de talentos se tornou um dos principais desafios para as empresas brasileiras. Para se ter uma ideia, um levantamento feito pela consultoria de recrutamento Robert Half constatou que 54% dos profissionais brasileiros pretendem mudar de emprego este ano. Além disso, o Brasil tem um dos índices mais altos de turnover do mundo, com uma taxa de 56%.
Nesse contexto, a digitalização da gestão de pessoas tem sido essencial para empresas que desejam reduzir os índices de turnover. Com ferramentas de IA e análise preditiva é possível identificar padrões de comportamento dos colaboradores e antecipar possíveis insatisfações. Sylvestre Mergulhão, CEO da Impulso, People Tech que, há 14 anos, é orientada ao aumento de capacidade e produtividade de médias e grandes empresas, tem se posicionado como protagonista na transformação digital do setor de Recursos Humanos, reforça que a tecnologia pode contribuir significativamente para evitar a perda de talentos.
“Ao proporcionar insights estratégicos para os gestores, monitorar em tempo real o nível de satisfação dos funcionários e utilizarmos a IA para identificar riscos de desligamento antes que eles se concretizem, é possível melhorar o engajamento e fortalecer a cultura organizacional com interações mais eficazes”, comenta.

Estudos indicam que ¾ das razões pelas quais um colaborador pede demissão está relacionada à gestão direta. Isso reforça a importância de um ambiente de trabalho saudável e de lideranças preparadas para ouvir e agir com base nas necessidades de suas equipes. “A retenção de talentos vai muito além de benefícios e remuneração. Com a tecnologia podemos entender o que motiva ou desmotiva um profissional e, desta maneira, auxiliar a empresa a tomar medidas de retenção”, explica Mergulhão.
Um outro ponto muito importante para reter estes colaboradores também é reforçar a cultura organizacional da empresa, principalmente no contexto do home office. Ações como alinhamentos entre equipes, facilitar e otimizar a comunicação, disponibilizar um canal para ouvir os colaboradores e fornecer feedbacks frequentes são alguns exemplos do que a tecnologia pode proporcionar.
Com um cenário desafiador no mercado de trabalho, investir em tecnologia não é mais uma opção, e sim uma necessidade estratégica. Empresas que priorizam a experiência do colaborador ao adotar ferramentas inteligentes para engajamento e satisfação da equipe se tornam mais competitivas e preparadas para os desafios do futuro do trabalho.
Fonte: Agência NR7