Saúde bucal nos idosos

Orientar e supervisionar a higienização bucal da população idosa requer maior atenção, principalmente quando o paciente tem alguma redução motora adquirida ou deficiência por conta da idade, condições neurológicas, acidentes, entre outros fatores. Sendo assim, o auxílio de um cuidador preparado e dirigido pelo Odontogeriatra é fundamental.

 

Em um trabalho conjunto com o cirurgião-dentista especializado em Odontogeriatria, o cuidador cria metodologias para facilitar o momento da escovação, seja no apoio ao idoso que consegue fazer essa atividade sozinho (o que é aconselhável sempre), ou àquele que precisa de ajuda para fazer a higienização da boca.

De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de familiares que se dedicavam a cuidados de idosos com 60 anos ou mais cresceu de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019.

A cuidadora de idosos Sandra Kurita reforça que esse profissional faz a diferença na abordagem e no cuidado com a higienização, e que seu papel é fundamental. O cuidador informal, como um familiar, por exemplo, na maioria das vezes, não tem todo o preparo necessário, acaba precisado dividir seu tempo entre essa responsabilidade e os afazeres diários, além de trazer um grande desgaste emocional.

 

A Dra. Claudia Spinelli, cirurgiã-dentista especialista em Odontogeriatria, destaca que a integração com o cuidador traz diversos benefícios ao paciente. O cuidador também é a pessoa que vai compartilhar as informações sobre o paciente com o cirurgião-dentista, colaborando na diminuição dos riscos do idoso contrair uma infecção bucal, o que o deixaria ainda mais fragilizado.

As principais patologias que atingem a cavidade bucal de idosos são, principalmente, a cárie e as doenças periodontais, como gengivites e periodontites.

Segundo a Dra. Spinelli, o Brasil ainda é um País que tem um número considerável de idosos desdentados, mas salienta que isso está mudando. Motivar o cuidador ou o paciente a fazer higienização das próteses dentárias também é fundamental”, completa.

Outro ponto importante que o cuidador precisa estar atento é se há alterações bucais nesse paciente e, se houver, é essencial comunicar imediatamente o cirurgião-dentista. O uso de medicamentos contínuos também pode diminuir ou reduzir a quantidade de saliva, o que tende a contribuir com a deterioração da cavidade bucal.

Vale ressaltar que a capacidade de mastigação mantida ou restaurada melhora a nutrição e o estado físico do idoso, trazendo ainda mais benefícios à vida dele, além do ganho da autoestima.

 

 

Com informações: CROSP

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