Pavilhão do Brasil na Biennale Arte 2022, em Veneza, traz instalação inédita Com o coração

Expressões populares no Brasil e que se utilizam de partes do corpo humano em metáforas como “nó na garganta”, “cara de pau”, “olho do furacão”, “das tripas coração”, “de braços cruzados”, “empurrar com a barriga”, entre dezenas de outras, são a inspiração da instalação inédita Com o coração saindo pela boca, do artista brasileiro Jonathas de Andrade (1982, Maceió, AL) para o Pavilhão do Brasil na 59ª Exposição Internacional de Arte de Veneza, que estará aberta ao público até 27 de novembro. “Esta mostra comissionada a Jonathas de Andrade parte de peculiaridades da linguagem brasileira para abordar questões universais, criando imagens com as quais a diversidade de visitantes deste evento internacional poderão se identificar.

 

Com esta exposição, reforçamos nossa missão de fomentar a arte brasileira e levar o que há de mais pulsante da produção artística de nosso país para os diversos cantos do mundo”, explica José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. 

 

Considerado um dos artistas brasileiros mais representativos de sua geração, Jonathas de Andrade fala: “Existem centenas de expressões populares com partes do corpo para descrever sentimentos e situações. Elas envolvem literalidade e absurdo para dar conta da subjetividade, o que para o momento do Brasil, é muito revelador. Usar essas expressões para falar da perplexidade do corpo brasileiro diante do presente em tantas instâncias – política, social, ecológica – me parece muito potente. As expressões desta coleção compõem bem este panorama emocional nacional, por exemplo ‘entrar por um ouvido e sair pelo outro’  

 

A exposição é composta por impressões fotográficas, esculturas (algumas delas interativas) e um vídeo, e tem entre suas referências as feiras de ciência que o artista conheceu quando criança.  

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