
Antônio Prata já não se incomoda em ser filho de pais consagrados na literatura nacional. Mas o fato de ser filho de Marta Goés e Mario Prata já chateou o escritor que participou de Salão de Ideias, neste sábado, 24, na 14ª Feira Nacional do Livro. O amadurecimento veio junto de certa indiferença com o legado que deixará após a morte.
Prata afirma que produzir crônicas é viver em voz alta, é o encontro do rio que é a literatura e da terra que é o jornalismo. Apesar de ser uma narrativa em primeira pessoa, cada pessoa faz de um jeito, “eu sempre faço ficção, mesmo quando falo de algo que aconteceu comigo”. Questionado pela plateia sobre a ironia que ele molda na coluna da Folha de S.Paulo, ele disse: “fiz uma coisa muito absurda e muita gente me apoiava. A gente tem tom de voz e expressão facial em um texto e quando não se tem experiência, falta de leitura, você acha que é verdade, mas escrevendo para um jornal você dá margem para isso mesmo”.