Com investimento estimado em R$ 40 milhões, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou, , o Biobanco Covid-19 (BC19-Fiocruz). Localizada no campus Expansão no Rio de Janeiro, a iniciativa pioneira vai permitir a concepção e condução de pesquisas, desenvolvimento tecnológico e ensaios clínicos relacionados à Covid-19.
Presente no evento de inauguração, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a Fiocruz e a sua pasta são “indissociáveis”, e trabalham juntos para fortalecer o sistema público de saúde no país.
“Esse investimento é um compromisso com o presente, mas sobretudo, um compromisso com o futuro. Nós mostramos a nossa capacidade, através do fortalecimento das estruturas dos Laboratórios Estaduais de Saúde Pública, os Lacens. E a prova disso é que identificamos uma das mutações desse vírus [coronavírus] aqui no Brasil, a Gama. Isso é importante para a condução da saúde pública brasileira, mas também a nível mundial”, ressaltou.
O empreendimento funcionará como um centro provedor de serviços e materiais biológicos, com áreas laboratoriais com classificação de nível de biossegurança 2 (NB2), permitindo colaborações nacionais e internacionais, além de fortalecer o mercado interno e reduzir a dependência internacional do Brasil na área. Assim, os pesquisadores poderão desenvolver estratégias baseadas em evidências, projetar protocolos de tratamento e previsões baseadas na medicina de precisão.
O Biobanco tem capacidade de armazenar até 1,5 milhão de amostras de vírus, bactérias e fungos que podem surgir em uma pandemia com vírus originário no Brasil ou de outra parte do mundo.
“O Biobanco tem como pilar o compartilhamento e a integração, a visão de uma plataforma. Então, nesse sentido, nós colocamos o papel da Fiocruz não apenas na realização das suas próprias atividades, mas como parte de sua missão, o trabalho em rede, o trabalho compartilhado”, destacou a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima.
Vacinação no Brasil
Ainda no evento, Queiroga afirmou que o Brasil é um exemplo mundial em relação à campanha de imunização contra a Covid-19. Para o ministro da Saúde, a contribuição mais significativa da Fiocruz em relação à pandemia está ligada à encomenda tecnológica feita ao Laboratório AstraZeneca, tendo como resultado a produção da vacina com IFA nacional, que está em fase final de processo regulatório para a aprovação.
“Isso permitirá que tenhamos uma produção de até 480 milhões de doses no ano de 2022. Então, é um extraordinário avanço que decorre da união de todos, do Governo Federal e da Fiocruz, e que irá deixar um legado para o nosso Sistema Único de Saúde”, acrescentou.
Para o ministro, esse investimento na área da pesquisa, ciência e tecnologia é fundamental para ampliar a capacidade de resposta do sistema de saúde e do acesso a imunizantes e insumos estratégicos para o enfrentamento de emergências sanitárias, como a causada pelo coronavírus, e outras que podem surgir em função de mutações do próprio vírus ou de outros que comprometam a segurança sanitária da sociedade.
Fonte: Brasil 61