Reportagem: André Derviche
Esta semana uma Queda de balão afetou fornecimento de energia na zona leste da capital nesta segunda; foram 44 autos de infração ambiental aplicados neste ano
O Governo de São Paulo registrou entre janeiro e junho deste ano 44 Autos de Infração Ambiental por prática baloeira no estado. As multas aplicadas por fabricar, vender, transportar ou soltar balões no período ultrapassam R$ 1 milhão. Os dados são da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Já na última sexta-feira, 12 fábricas clandestinas de balões foram fechadas pelas equipes da PM Ambiental durante a Operação Guardião das Florestas. Em todo o ano, a Polícia Militar Ambiental apreendeu 35 balões no estado.
Os registros de incêndios causados por queda de balão triplicaram no Estado de São Paulo em 2024. Entre janeiro e julho, o Corpo de Bombeiros atendeu a 15 ocorrências do tipo, enquanto no mesmo período do ano passado foram cinco casos.
Com isso, somente nos seis primeiros meses deste ano, o número de incêndios ocasionados por balão praticamente igualou o de todo o ano de 2023, quando 16 ocorrências foram registradas pela corporação.
Soltura de balão gera riscos à população e ao meio ambiente
Os balões são produzidos com um material inflamável e, por isso, quando caem podem causar incêndios de grandes proporções em florestas, casas e edificações.
Desde 1998, a prática é considerada crime, prevista na Lei nº 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, ou multa de, no mínimo, R$ 10 mil.
O delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, conta que a Polícia Civil já realizou diversas operações contra esse tipo de prática, que aumenta nos meses como junho e julho, por causa das comemorações do dia de São João.
“Quem solta não tem ideia das consequências que isso pode gerar”, ressalta, ao lembrar dos riscos que ainda causa à aviação. “Imagina o piloto estar decolando e, do nada, se deparar com um artefato desses. Vira um momento de tensão”.
Fonte Divulgação Governo SP