Reportagem: Luciana Frei
Na noite desta segunda-feira (13), dia de resistência e luta contra o racismo, a Sociedade Afrobrasileira de Desenvolvimento Sociocultural (Afrobras) e a Universidade Zumbi dos Palmares realizaram, na sede da FIESP, na capital paulista, a tradicional cerimônia de outorga da Medalha do Mérito Cívico Afrobrasileiro.
Em sua 30ª edição, a honraria foi concedida a 14 autoridades e personalidades em reconhecimento às contribuições em defesa da liberdade, igualdade, respeito e valorização da população negra brasileira nas iniciativas pública e privada. Essa foi a terceira vez que o evento aconteceu na sede da FIESP, apoiadora da iniciativa.
Presidente do Conselho de Fundadores da Afrobras e reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, o Dr. José Vicente foi o anfitrião da solenidade. “Os ideais da Abolição da Escravatura continuam vivos em nós. A luta continua para construirmos um país de pessoas livres e iguais. Hoje estamos transformando este espaço da FIESP em um quilombo da modernidade em defesa da dignidade humana”.
A outorga da Medalha do Mérito Cívico Afrobrasileiro contou com a presença de Fernando Padula Novaes, secretário municipal de Educação; Catia Porto, vice-presidente de RH do Carrefour; Inês Coimbra, Procuradora Geral do Estado de São Paulo; e Marta Petti, que representou o presidente da FIESP, entre outras autoridades e personalidades do país.
A combinação entre educação de qualidade, oportunidades iguais, políticas antirracistas e emancipação financeira são as prioridades para a construção de uma país justo e grandioso, apontaram em suas falas as autoridades e personalidades que receberam a Medalha do Mérito Cívico Afrobrasileiro. “Só a educação transforma. A superação da escravidão no Brasil não vai acontecer sem educação de qualidade”, pontuou Ailton de Aquino Santos, Diretor do Banco Central.
“Estar aqui é uma honra. É uma parceria em que a gente mais recebeu do que deu. Isso nos permitiu ampliar o nosso letramento racial dentro da Coca Cola. Quando lançamos o Papai Noel Negro teve um grande impacto e estar aqui nos faz lembrar do nosso papel como aliado e parte dessa luta. Precisamos incluir as mulheres negras nas posições de decisões”, destacou a Presidente da Coca Cola, Luciana Staciarini Batista.
“Dia da Abolição da Escravatura não é um dia para comemorar. É um dia de continuar a luta. É uma coisa que nos une. A verdadeira revolução precisa continuar. É uma luta de construção de um país. Ela é pela educação, mas também muito mais do que isso”, enfatizou Inês Coimbra, Procuradora Geral do Estado de São Paulo.
Fonte: LGF Press