Reportagem: Thaís Brunelli
O mercado livre de energia elétrica encerrou o ano de 2023 com 37.377 unidades consumidoras, representando um crescimento de 23% no período de 12 meses, conforme apontam dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Segundo a entidade, entre 2022 e 2023, foram registradas quase 7.000 novas unidades consumidoras livres. Foi transacionado um volume de energia médio de 128.025MW, o que corresponde a 72% de toda a energia transacionada no país no período, segundo a Associação.
O Mercado Livre de Energia foi criado, no Brasil, em meados dos anos 1990 e é um instrumento estratégico importante em busca de fomentar e aquecer a concorrência e a competitividade das empresas do setor elétrico. Funciona como um conjunto de procedimentos e regras que propiciam aos consumidores uma maior liberdade de escolha sobre quem vai fornecer energia elétrica para sua empresa, quanto vai cobrar, qual a matriz geradora e que quantidade de energia é a ideal para seu perfil de consumo.
Energia limpa e o mercado livre
Segundo a Abraceel, 57% da geração de energia das fontes renováveis incentivadas é realizada para atender o mercado livre, o que representa um crescimento de 13% em relação aos últimos doze meses. 49% do consumo vem de usinas solares, eólicas, biomassa e PCHs.
André Cavalcanti, CEO da companhia pernambucana Elétron Energy, afirma que este é um caminho promissor e importante para a economia e para o consumidor. “O consumidor quer a mesma liberdade que as grandes empresas já desfrutam, escolhendo de quem comprar energia e de que matriz energética ela sai. A consciência ambiental e o hábito que o ambiente de liberdade e a abertura econômica proporcionam fazem o consumidor brasileiro ansiar por essas novidades”.
As comercializadoras têm papel fundamental no funcionamento do mercado livre. Elas representam quase 70% de toda a energia transacionada no mercado livre e quase metade de toda a energia no país, podendo gerar uma economia de mais de 60% .
Fonte: Agência Temma