Reportagem: Maria Júlia Melo
O cartão de crédito segue sendo o vilão e ‘campeão’ das contas em atraso. Segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quatro em cada dez brasileiros estavam negativados em março deste ano. A inadimplência também atingiu recordes históricos com mais de 66 milhões de pessoas. No entanto, segundo um levantamento da Proteste, a percepção de endividamento das pessoas diminuiu. Todavia, a conta “mais atrasada” dos entrevistados é justamente a do cartão de crédito, uma das linhas de empréstimo com juros mais altos do país.
Neste ano, o estudo mostrou que 46% dos entrevistados se consideram “um pouco endividado”. Já os que se consideram “muito endividados” representam 22%. Ainda de acordo com 74% dos brasileiros que participaram da pesquisa, o cartão de crédito é um dos maiores culpados pelo endividamento.
O especialista financeiro e fundador do S.O.S Dívidas, Emanuel Gonçalves da Silva, alerta sobre o mau uso do cartão de crédito e fornece 7 estratégias para diminuir o impacto financeiro relacionado ao atraso na fatura do cartão. Veja a seguir:
01 – Fale com administradora do cartão: entre em contato com a empresa emissora do cartão imediatamente para discutir sua situação e possíveis soluções, mas cuidado com as taxas de juros dos refaturamentos.
02 – Uso de reservas de emergência: se possível, utilize uma reserva de emergência para cobrir a fatura do cartão temporariamente, vale a pena esforço para evitar sujar seu nome. Mas, se o valor estiver muito alto, talvez sua reserva de emergência não consiga cobrir.
03 – Empréstimo pessoal: avalie a possibilidade de um empréstimo pessoal com juros mais baixos para pagar a fatura do cartão de crédito, seu nome limpo vale a pena. Essa opção exige que você pare de usar o cartão por um bom tempo, até se equilibrar novamente.
04 – Corte de gastos: Reduza despesas não essenciais para direcionar fundos para pagar a dívida do cartão através de outro empréstimo com juros menor.
05 – Venda de bens: vender itens que você não precisa, pode ajudar a gerar receita para cobrir a fatura.
06 – Planejamento financeiro: crie um plano financeiro realista para pagar suas dívidas e reformular seus hábitos de despesas. Caso contrário, sua vida não vai se organizar nunca.
07 – Mentoria financeira: procure orientação e acompanhamento com profissional de educação financeira que tenha boa reputação para lhe nortear e acompanhar suas finanças.
Vale lembrar que as dicas acima são necessárias e adequadas para cada caso específico. Nesse sentido, é preciso avaliar cada caso isolado, o nível e grau do problema para saber a que melhor atende a sua necessidade.
Fonte: SOS Dívidas