Localizado na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, o marco zero da capital paulista é a principal referência para determinação dos códigos que identificam as rodovias estaduais de São Paulo. A localização das vias em relação a esse monumento geográfico determina o número atribuído a cada rodovia e, para identificação de que se trata de uma estrada estadual, é adicionado o prefixo “SP”. Já no caso das vias federais, o prefixo é “BR”.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), é responsável por manter uma lista com as regras para a definição da classificação e codificação. Segundo o DER, é importante codificar para agilizar a identificação, principalmente, em casos de acidentes, atendimento aos usuários e ocorrências nos trechos.
“O transporte rodoviário é o principal sistema logístico do país. A numeração e o nome são importantes na identificação de acidentes e maior agilidade do acionamento das equipes para atendimento, bem como a criação de rotas alternativas e de novos corredores de escoamento de produção”, diz Milton Roberto Persoli, diretor-geral da ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo.
Como são numeradas?
Para exemplificar, vamos citar algumas rodovias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias, gerenciado e fiscalizado pela ARTESP. É o caso da Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP 070), operada pela concessionária Ecopistas.
Ela recebe esse código por sua posição, em relação a capital (ao marco zero). Com o mapa rodoviário em mãos, imagine a “rosa dos ventos” (figura que representa graficamente os pontos de orientação na superfície terrestre – Norte, Sul, Leste, Oeste) desenhada: a pista da SP 070 está localizada em um ângulo de 70 graus em relação ao centro de São Paulo – para se chegar ao ângulo é considerada a posição 0 grau no Norte e avança no sentido horário.
Essa regra, de o código ser definido pelo ângulo em relação ao marco zero, vale para as “rodovias radiais”, isto é, aquelas que saem da Capital (sentido Interior ou Litoral), como as rodovias Castello Branco (SP 280) e Raposo Tavares (SP 270) por exemplo, ou aquelas que “apontam” para a cidade de São Paulo, mesmo não chegando ao município, como a Rodovia Marechal Rondon (SP 300).
Outro detalhe é que todas essas rodovias radiais têm numeração par. O fato de o código ser baseado no ângulo em relação ao marco zero explica, por exemplo, porque a Anchieta (SP 150) e a Imigrantes (SP 160) têm numeração tão próxima.
Já nas rodovias transversais, aquelas que cortam o Estado, ligando cidades do Interior ou Litoral, sem “apontarem” para a Capital, o número do código é ímpar. Esse numeral é estabelecido pela distância média, em quilômetros, entre a rodovia e a Capital. Exemplos de rodovias transversais fiscalizadas pela ARTESP são a Dona Leonor Mendes de Barros (SP 333), que passa pelas cidades de Marília, Jaboticabal, Echaporã, entre outras, ou a Tamoios (SP 099), que liga o Vale do Paraíba ao Litoral Norte.
Fonte:ARTESP – Assessoria de Imprensa